I was asked to take a picture of a painting representing my grand-grand-grand father. The conditions were not the best but I did the best I could. The painting is hanged in a room of the town hall.
My ancestor was a popular poet more than 100 years ago in Setúbal, his and mine hometown.
And, for those who understand Portuguese here is one of his poems.
A quinteira da Panasqueira
Mote
Fui apalpar as gamboas
que a quinteira tem na quinta
já tem marmelos maduros
o seu bastardo já pinta.
Glosa
Sou mestre na agricultura
meu saber ninguém disputa
gosto de apalpar a fruta
quando está quase madura...
Gosto do que tem doçura
quero e gosto das mais pessoas
para apalpar coisas boas
da quinta da Panasqueira
com licença da quinteira
fui apalpar as gamboas.
Por toda a parte que andei
dei cambalhotas e saltos
depois de apalpar pêlos altos
pêlos baixos apalpei.
Por toda a parte encontrei
fruta branca e fruta tinta
para que a dona não se sinta
nunca direi mal da boda
apalpei a fruta toda
que a quinteira tem na quinta.
Neste tão lindo arvoredo
não há fruta como a sua
foi criada em boa lua
para amadurecer mais cedo.
Menina, não tenha medo
que os seus frutos estão seguros
ou sejam moles ou duros
todos a têm em estima
na sua quinta de cima
já tem marmelos maduros.
Tem uma árvore escondida
num regato ao pé dum poço
que dá fruta sem caroço
chamada gostos da vida.
Dessa fruta pretendida
que a menina tem na quinta
a menina dê-me um cacho
que na sua quinta de baixo
o seu bastardo já pinta.