Marés

Um homem pode, se tiver sabedoria suficiente, gozar o espectáculo do mundo sem se mexer, sem ler, sem ouvir ou falar com alguém, só com o uso dos sentidos. Olhando para o mar o homem vê a velhice do eterno novo, eis as ondas do mar, uma, duas, três, quatro…está de fora e olha para elas. Monitoriza a existência, e surgem-lhe visões de fuga, vestígios sonhados de ilhas longínquas, outros sentimentos, outro eu.


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